sábado, 19 de março de 2011

Crua - Por Otto


Há sempre um lado que pese
Outro lado que flutua a tua pele
É crua
É crua

Há sempre um lado que pese
Outro lado que flutua a tua pele
É crua
É crua

Dificilmente se arranca a lembrança
A lembrança
A lembrança
A lembrança
Por isso na primeira vez dói
Por isso não se esqueça dói

E ter que acreditar num caso sério
E na melancolia que dizia
Mas naquela noite que eu chamei
Você fodia, fodia
Mas naquela noite que eu chamei
Você fodia de noite e de dia

Há sempre um lado que pese
Outro lado que flutua a tua pele
É crua
É crua

Há sempre um lado que pese
Outro lado que flutua a tua pele
É crua
É crua

Dificilmente se arranca a lembrança
A lembrança
A lembrança
A lembrança
Por isso na primeira vez dói
Por isso não se esqueça a dói

E ter que acreditar num caso sério
E na melancolia que dizia
Mas naquela noite que eu chamei
Você fodia de noite e de dia
Mas naquela noite que eu chamei
Você fodia

sexta-feira, 18 de março de 2011

domingo, 13 de março de 2011

Acrílico - Caetano Veloso


Olhar colírico
Lirios plásticos do campo e do contracampo
Telástico cinemascope teu sorriso tudo isso
Tudo ido e lido e lindo e vindo do vivido
Na minha adolescidade
Idade de pedra e paz
Teu sorriso quieto no meu canto
Ainda canto o ido o tido o dito
O dado o consumido
O consumado
Ato
Do amor morto motor da saudade
Diluído na grandicidade
Idade de pedra ainda
Canto quieto o que conheço
Quero o que não mereço
O começo
Quero canto de vinda
Divindade do duro totem futuro total
Tal qual quero canto
Por enquanto apenas mino o campo ver-te
Acre e lírico o sorvete
Acrilíco Santo Amargo da Putrificação